Mortal pensador
Eu, um velho pensador
Isolado estou a cantar
Quiçá alguém ouça a minha voz
E tenha sorte de me abraçar
Na terra ou no mar serei cinzas
Nunca haverá a mexida das pás
O vento há de me esperar
Para que eu sinta a paz
E nesse tempo vingará a poesia
Os dias serão de fulgor
Pois estarei a ver o sol, a lua
E a magia do amor
É a sobrevida da alma imortal
A dos atemporais versos
É a continuidade do poeta,
Vivalma mortal