Correnteza

Intoxiquei-me de um veneno

Do qual não sabia

E todo dia, o consumia

Na noite, na madrugada

No raiar do novo dia

E do que morria em mim

Não me apercebia

Do chão áspero e inóspito

Surgiu a luz, a possibilidade, enfim

Parecia resplandecer a vida

De dentro de mim

Sem nenhuma certeza

Busco a beleza

E vivo a alegria

De saber que, como centelha,

Poderei atravessar a correnteza...

Joelmo Martins
Enviado por Joelmo Martins em 10/06/2020
Código do texto: T6973319
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