Correnteza
Intoxiquei-me de um veneno
Do qual não sabia
E todo dia, o consumia
Na noite, na madrugada
No raiar do novo dia
E do que morria em mim
Não me apercebia
Do chão áspero e inóspito
Surgiu a luz, a possibilidade, enfim
Parecia resplandecer a vida
De dentro de mim
Sem nenhuma certeza
Busco a beleza
E vivo a alegria
De saber que, como centelha,
Poderei atravessar a correnteza...