Monólogo
Eu fiz um monólogo
‘Minha vida tem dor em profusão’
Uma porção de sentimentos
Em uma só atuação
Com só um ator
O que sente dor.
Uma peça da vida real
Uma peça sem nenhum real
Uma peça sem espectadores
Uma que só tem dores.
A fala é muda
O choro já diz tudo
Só os gestos em sincronia
O tom é tristeza em melodia
Transformada em música com o título ‘Saudade’
É tudo de minha autoria
É minha alforria
Ou devia
Transferir a dor interior pelos gestos para a externidade
Do dia-a-dia
Uma eternidade esses dias...
Minha vida é uma peça
Um Drama
“A Dor”
De quem ama
É como se chama
Ou, eu intitulei.