DOCE SINA
Ah Isabel,
precisas conhecer meu inferno
para abrir as portas do meu céu;
se não souberes do ferrão do zangão
como poderias fruir do meu doce mel?
O inferno é passageiro
na carruagem do meu coração;
é deixado, abandonado, primeiro,
na primeira estação!
Daí em diante só aromas e lírios,
presentes, e uma doce ambrosia;
serei o calor a domar teu frio,
em teus olhos amorosa poesia...
O homem se torna outro
diante do amor que lhe domina;
amar-te, Isabel, ainda é pouco
ao muito que te amarei, doce sina!