Apenas eu...

 
Apesar de tudo, eu sou apenas eu
alguma poesia que nasceu
pelo ar, um grão de areia num deserto;
frio na sombra, dor na escuridão...
Sou réstias, talvez, de alguma ilusão.
o sopro da morte nem longe, ou perto...
 
 Apenas eu... Um olhar que sorri ou chora;
pequena luz sem noção de tempo ou hora
que apaga pelas trevas feito vela
nos vendavais das frias madrugadas
ou acende pelos sóis das alvoradas...
Sou eu apenas abrindo alguma janela,
 
a alma segurando pelos portais
enquanto a chuva cai pelos umbrais...
Vou me derretendo por essas ruas,
essas que passam bem dentro de mim
indo e vindo sem o olor de jasmim
que eu tanto quis nessas estrofes nuas...
 
São meus rastros de rimas alagados
pela chuva, pelo mundo... Largados...
Levam-me ao léu sem molhar meus pés
Sem guarda-chuva... O tempo, bem ali,
nos cabelos, no viço que perdi...
Mas sou apenas eu... Apenas eu e as marés...


 

Forcei-me hoje a escrever esse poema. Meu Deus como falta inspiração. Amo poesias cheias de metáforas, Mas não consegui muito hoje não. enfim, espero que meus caros amigos gostem. Tenham um lindo dia.