Às Alturas !

Na noite que perdura a solidão,

Ouço sons que me queimam...

Ó, sagaz e eterna luz!

Diga-me... É você quem reina?

Fizera-me andar no mais vasto vale,

Oh! Acompanhado de sequidão...

Doloroso! Consumindo minha carne,

Como um faminto gavião.

Deixe-me entrar no teu tão astral céu...

Voando como ave...! Ora, buscando o divino,

Envia-me o tão formoso e alto véu,

E tua graça para cicatrizar-me... Estou ferido!

As formosas e cintilantes estrelas...

Lúcidas! Sararam meu ego inflado,

Amor! Gozo! Ó, voz de trombeta,

Ama-me, não sou príncipe condado!

A lua poente... Pôs-se na minha noite!

Dera-me chance única de oração...

Oh, majestosa divindade...

Entenderas meu coração?

Envia tua mão e reluza o caminho...

Oh! Místico presente!

Meu peito anda nômade,

Tu não és o sol que mente!

Repete-se o último dia!

Tens me dado muitos deles...

Não percebo, ainda reclamo,

Perdoe-me, Deus dos Deuses!

Samuel Oliveira da Costa
Enviado por Samuel Oliveira da Costa em 11/11/2019
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