Às Alturas !
Na noite que perdura a solidão,
Ouço sons que me queimam...
Ó, sagaz e eterna luz!
Diga-me... É você quem reina?
Fizera-me andar no mais vasto vale,
Oh! Acompanhado de sequidão...
Doloroso! Consumindo minha carne,
Como um faminto gavião.
Deixe-me entrar no teu tão astral céu...
Voando como ave...! Ora, buscando o divino,
Envia-me o tão formoso e alto véu,
E tua graça para cicatrizar-me... Estou ferido!
As formosas e cintilantes estrelas...
Lúcidas! Sararam meu ego inflado,
Amor! Gozo! Ó, voz de trombeta,
Ama-me, não sou príncipe condado!
A lua poente... Pôs-se na minha noite!
Dera-me chance única de oração...
Oh, majestosa divindade...
Entenderas meu coração?
Envia tua mão e reluza o caminho...
Oh! Místico presente!
Meu peito anda nômade,
Tu não és o sol que mente!
Repete-se o último dia!
Tens me dado muitos deles...
Não percebo, ainda reclamo,
Perdoe-me, Deus dos Deuses!