sem cena

quando menos se espera

o tempo nos aponta

fugaz foi a primavera

e damo-nos conta

sem que se queira

- ficamos velhos

sentados nesta cadeira

as dores nos dando relhos

a tempo sem eira nem beira

a solidão querendo ir e não vai

e a vida só de bobeira...

vai um

vai outro

um parente

aqueloutro

e de repente

vai a gente!

e a cena já era...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Outubro de 2019 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 24/10/2019
Reeditado em 31/10/2019
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