OS VERSOS DE EINSTEIN

Penduro no varal a poesia matutina,

de graça, um jornal,

da nossa vida que alucina,

somos todos toureiros,

somos todos espada,

somos todos a luz

refletida na calçada,

somos mais que o menos

e bem menos do que não é,

poesia descabelada

gritando o que der e vier...

Penduro nas estrelas as noticias deste mundo,

ninguém paga,

pode pegar,

não é fake,

é só andanças e passadas,

somos bólides,

semânticos,

somos tudo o que será,

a poesia sem grafia

buscando o voar...

Quem vai querer,

quem quererá

os versos de Einstein,

quem vai sonhar?