O mesmo novo dia!
Sento na cama,
Amanheceu!
E dependuro me na janela
do destino,
Que sem humor algum
Zomba de meus sentimentos
E mau escuta meus caprichos,
Mais uma vez me deparo
Com seus desejos
E o que foi separado pra mim,
Posto a minha porta,
Para que eu tenha fácil acesso;
Só que não o quero acessar.
Não o almejo,
Seguir é necessário!
E eu faço o necessário.
Eu faço ponte, atravesso
E cruzo as pontas
Apenas mais uma vez,
Seguida por outra ainda.
E a pouco eu chorava,
E engasguei com o pranto
Porque não o consegui explicar;
E as lágrimas desse rio, vida
Terra minha, que nunca me pertenceu
Corre solta, morro abaixo.
E passo a ponte,
E cruzo as pernas,
E os braços, pendurados à janela;
Janela essa; Visão alguma.
Coisa nenhuma, sei lá,
Já fui!