O mesmo novo dia!

Sento na cama,

Amanheceu!

E dependuro me na janela

do destino,

Que sem humor algum

Zomba de meus sentimentos

E mau escuta meus caprichos,

Mais uma vez me deparo

Com seus desejos

E o que foi separado pra mim,

Posto a minha porta,

Para que eu tenha fácil acesso;

Só que não o quero acessar.

Não o almejo,

Seguir é necessário!

E eu faço o necessário.

Eu faço ponte, atravesso

E cruzo as pontas

Apenas mais uma vez,

Seguida por outra ainda.

E a pouco eu chorava,

E engasguei com o pranto

Porque não o consegui explicar;

E as lágrimas desse rio, vida

Terra minha, que nunca me pertenceu

Corre solta, morro abaixo.

E passo a ponte,

E cruzo as pernas,

E os braços, pendurados à janela;

Janela essa; Visão alguma.

Coisa nenhuma, sei lá,

Já fui!

Karoline Henrique
Enviado por Karoline Henrique em 16/07/2019
Código do texto: T6696869
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