TODA VEZ
Toda vez que a cabeça se deita no travesseiro,
que se deixa levar pelos sonhos que me envia,
levo contigo teu sorriso e teu olhar certeiro,
conheço no etéreo a terra povoada de poesias...
Toda vez que tua mão toco a mão minha
a pele se acende feito fogareiro no breu;
de mim se aproxima, de mim se avizinha
o laço que luz que me faz ser só teu...
Desfaço a forma e outras tantas me tomam,
permanece apenas o brilho intenso em cor;
entendo a alma do pintor que procura a forma
que se deita na tela e explode em puro amor...
Sei que passei muito tempo pensando ser eu
o fruto gerado na ampulheta do tempo no espaço;
quando a metade perdida recita a poesia de Deus
acordo feliz pois me sei envolvido em teus braços...