MIGALHAS
MIGALHAS
Pelos corredores
Pelos becos
Por ruas escuras
Passos secos
Se deixam ouvir...
A friagem das
Noites de inverno
É o cenário vivo
Daqueles que caminham
Sem ter onde ir...
Um constante rumo
Sem direção
Fazem dos becos,
Dos corredores
Das ruas escuras
Lares de solidão....
Em meio a tralhas, migalhas
Ouve-se claramente
Lamentos que dão
Voz ao vento
Que com uivo sedento
Abrigam em seus braços
Os filhos bastardos
Dá ocasião.
Passos passeiam
Pisoteando o imundo chão.
Os becos, os corredores,
As ruas escuras
Estão ali, sendo lares SONIA
Em noites frias BRUM
Amiga íntima da solidão.