Alhures
Do outro lado do Atlântico,
Moram sorrisos calorosos.
Me esperam por lá muitos abraços
De gente que se põe de pé.
Mãos calejadas. O trabalho é árduo!
Casas de terra batida. Simplicidade
De olhar para aquelas terras.
A saudade anuncia a partida
De gente. Do tempo. Da vida
Que só a gente daqui vive,
A viola no braço e
O cangote suado.
A fé dita o passo.
Só segue quem entende
Que de muito, ninguém precisa.
Meu coração irrequieto pula,
Pra alcançar essa gente que vai
Cantando feliz, num só compasso.
E eu, como eu quero acompanhar as batidas!
Destes corações pulsando no mesmo timbre.
Sozinha, espreito de longe,
Porque não sei o que é felicidade,
Meu choro não tem canto,
E eu não tenho, muito menos, ritmo.