POEMA HUMANO

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Sinto por não ser um desconhecido estrangeiro,

Buscando por um sentimento sentinela ligeiro,

Assuntos constantes direcionados a quem nunca teve paradeiro,

Visando as desgraças pelos momentos difíceis escoteiros.

Pelas inconcebíveis riquezas distantes daqueles que não tem dinheiro,

Dos riscos solidários per capitas dos serviços aplicados a terceiros...

Das fomes que das cidades invadem dimensões dos terreiros,

Aproximações dos que não tem nada a que percorre o mundo inteiro.

Inundações navegantes mercantes viajadas pelos fardados marinheiros,

De uma roupa construtora massas por uma profissão aventureira,

Pesos carregáveis pelas carcaças dos volumes cargueiros,

Empilhadas pilhas sobrecarregadas as intervenções trepadeiras.

A importância encontradas as preocupações estradeiras,

A uma pequena compra a uma longa caminhada por uma feira,

Das dúzias, lotes ou quilos estipulados as bancadas ou as fieiras,

Esperas demoradas as resoluções intermináveis das fileiras.

Bagageiros as costas sobrepondo os cursos viáveis das fronteiras,

Calçados importados comparados aos pés descalços das frieiras,

Por onde falta águas dos lençóis freáticos dos poços sobre as esteiras,

Dores que choram pelos reclames das lástimas carpideiras.

Das ajudas auxiliadoras as precisões amigas e companheiras,

Comoção loção aferição a demolição ação de uma pedreira,

Refrigeração indefinível nível a temperatura da marca da geladeira,

Vazia ou cheia as fomes ou sedes atribuíveis as vontades das porteiras.

Do pouco que se tem a quem tem muito esbanjando vazantes nas torneiras,

Divisão por partes iguais a ninguém sobrepor a uma condição repartideira,

Das limpezas higiênicas intervencionadas pelas situações das lixeiras,

Shorts interligados as modas das marcas top de linhas de falso ou a verdadeira.

Escritórios reconhecendo ferramentas usadas as sacrificadas raspadeiras,

Humanos irmãos de sangue e de existência unificados a igualdade derradeira.