Verso eterno

Sussurros de vida...

Eu e meus versos,

quintal sob chuva,

silêncio na chuva,

sem ti,

sem mim,

sem sentidos de ordem ou amor.

Mas voa o passarinho distante.

Majestoso,

circunspecto,

silente existência

que obedece aos instintos.

Independe-se.

Renasce insistente tanto sonho

no peito do moleque,

visões embaçadas de ecos e promessas,

amores de outrora nas mãos do meu poeta.

Somos um.

Somos, somente.

Onde as lágrimas e a chuva se confundem

pelo dulcíssimo obséquio do que está por vir.

Nasceu.

Floresceu.

Verso eterno

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 10/09/2018
Código do texto: T6444779
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