Verso eterno
Sussurros de vida...
Eu e meus versos,
quintal sob chuva,
silêncio na chuva,
sem ti,
sem mim,
sem sentidos de ordem ou amor.
Mas voa o passarinho distante.
Majestoso,
circunspecto,
silente existência
que obedece aos instintos.
Independe-se.
Renasce insistente tanto sonho
no peito do moleque,
visões embaçadas de ecos e promessas,
amores de outrora nas mãos do meu poeta.
Somos um.
Somos, somente.
Onde as lágrimas e a chuva se confundem
pelo dulcíssimo obséquio do que está por vir.
Nasceu.
Floresceu.
Verso eterno