Eu Preciso
Procuro um lugar onde não haja lugar
Aonde eu ande devagar a vaguear
Que as pessoas peçam passagem
Com o donaire do piscar de seus olhos
Ando em busca da placidez, do sossego
Ao encalço dos montes verdes
No qual eu possa caminhar à margem de um rio
A sentir o ruído do ar a me renovar
O tempo está a me servir devagar
E mostra um panorama de paz
A me fazer desprezar a fama
De carregar nas costas o peso do carma
É necessário espairecer longe das pedras
Sem avistar o tropel que avança a linha
Ver o sol entre as frestas dos eucaliptos
A inspirar o meu canto sem grito