Melancolia
Desço as escadas do antro onde estou
E estaciono o meu corpo no último degrau
Ouço o silêncio da madrugada
Que lá fora me chama
Ao me erguer os meus ossos estalam
E ecoa o som da velhice
Rompendo a quietude da noite
Da inocente cadela
Que observa atenta
A destilada cravo e canela
Dosada no copo a me sossegar
Amanhece e ninguém percebe
Que elas me aqueceram
No passar da melancólica noite