Melancolia

Desço as escadas do antro onde estou

E estaciono o meu corpo no último degrau

Ouço o silêncio da madrugada

Que lá fora me chama

Ao me erguer os meus ossos estalam

E ecoa o som da velhice

Rompendo a quietude da noite

Da inocente cadela

Que observa atenta

A destilada cravo e canela

Dosada no copo a me sossegar

Amanhece e ninguém percebe

Que elas me aqueceram

No passar da melancólica noite

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 02/05/2018
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