A Passagem

A Passagem

Há pegadas de aves famintas

Na areia do cais

É manhã do dia derradeiro

E as sobreponho sem vontade de viver

A trilha acaba e não posso voar

E sinto em meus pés a massagem do mar

É ele me convidando a entrar

Para ouvir a sinfonia dos frutos

Um pedaço de terra

Cercado por todos os lados

Aguarda a hora para explodir

Emoções em Paraty

Na metade da noite os raios colorem o céu

Seus estampidos assustam a fauna

E os mudos do champanhe adoçam os beijos

E o velho se vai

E o novo surge com o lindo nascer do sol

As aves se fartam na praia

Os peixes ressurgem do fundo

É o meu recomeço

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 16/04/2018
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