O quarto
O quarto rosa,
Talvez me trouxe sentimento de proteção,
Contra o mundo lá fora,
Contra os monstros reais,
Me que fez criar um monstro dentro de mim,
Uma solidão,
O desejo de perdão,
Mas que é impossível,
A ferida é enorme,
O sentimento de traição,
Não posso fugir do monstro,
Que disse ter me amado,
Mas me viu como alguém que não sou,
Por eu ser ingênua,
Mas está morta á muito tempo.
Não sei o que há lá fora,
A dor me fez queimar a coragem de avançar,
Oro a Deus para confortar,
Não quero vestimentas inúteis,
Quero distância deste ser,
Cruel por natureza,
Cheio de ego,
Desconhecido de amor,
Mas que não deve entrar no meu coração.
Talvez um sentimentalismo,
Mas que deixo me andar sobre a escuridão,
Deixo o passado para trás,
Deixo minha mente de meu monstro,
O mundo é louco,
Feminismo é a luta pela igualdade,
Mas os homens odeia a igualdade,
A submissão é excitante para eles,
O que é nojento.
Deixo a paz nascer mas ela sempre morre,
Pois o monstro também sou eu,
Neste quarto,
Deitada e fria,
Pois não desejo mais,
O que o mundo me fez acreditar,
Que lindo quarto.
Os monstros são reais,
Vivem do nosso lado,
Ou desejam se passar por ovelhas,
Conheço o mau,
E ele não se vestia gentilmente,
Mulheres enfim são gente,
Não pode enviar amigos para confrontar,
Deixe me ser livre,
Tento me apagar todos os dias,
Não como um suicídio,
Mas dentro do quarto,
Sendo vigiada pelas postagens,
Gente como a gente,
Um monstro na esquina,
Um monstro nas nossas mãos.
Desejo enfim encontrar a paz,
Mas a guerra vive dentro de mim,
Dentro da alma escura,
Sete vezes rodando para a pedra,
Que cura e absorve as mágoas,
Feliz o ser que ama,
Viva o amor,
Que já causou mortes mas que virou
Sinônimo de ódio.