O Movimento da Onda

hoje estive lá

mas tu não estavas

então fui embora

é tão pouco o que se espera

quando o infinito não vem

o que fica

o que resta

é só humanidade

pode-se ver humanidade em tudo

menos onde ela não está

e a procura é o que resta

onde estão os rios

o mar

a água

os peixes e os outros animais

as plantas

os frutos

doces frutos

que colho em tua pele nua

em tua boca ardente

em teu falo oblíquo

a olhar estrelas e prometer o céu

em teu olhar curto e quente

a me cobrir e abraçar toda

sem pedir para entrar

sem permissão para não estar.

In: 'O Movimento da Onda' poema livre de Ibernise.

Barcelos (PT), 22JUL2013.

Ibernise
Enviado por Ibernise em 23/01/2018
Código do texto: T6233726
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