Amor de escola (de um pelo outro)
Curitiba, 20 de março de 2017.
Um gostava tanto do outro.
Um tinha tanta coisa pra falar ao outro.
Um combinava tanto com o outro.
Um poderia curar as feridas do outro.
Um poderia tomar a iniciativa para encorajar o outro.
Eles se amaram nesse silêncio impenetrável,
Frio feito inverno, pesada como a culpa,
Mas culpa de que se sempre foi amor?
Amaram-se pela metade, com a sede de um pelo outro.
Sede de um amor que nunca foi negado.
Ardeu na alma, rompeu com a calma.
Foi ciúme, suposição, poesia de caderno.
As rimas não mataram a sede que um tinha pelo outro.
Nem o calor de outros braços.
Nem a tentativa mais honesta de esquecer...
A história que sempre viveu dentro da cabeça.
Inícios, dramas e fins, na verdade intervalos...
Eles eram cúmplices até nos devaneios notívagos.
Acordados no sonho um do outro,
quem poderia negar tamanha sincronia?
Se ao menos a coragem prevalecesse uma única vez...
Sábio por crescer sem alardes, mas doloroso também.
Amar em silêncio tem o seu preço.
E ele é alto demais até para os maiores orgulhosos.
Nunca ousaram romper aquela barreira erguida pela timidez.
Nunca compartilharam afinidades e segredos.
Nunca mataram essa sede de um por outro.
Nunca lutaram por um amor que tinha tudo para somar glórias.
Um amor que de qualquer modo entrou para a história...
Tudo porque nunca chegou a se consumar num beijo.
Nasceu numa troca de olhares e adormeceu dentro do peito.
Mas adormeceu sendo amor, de qualquer modo.
De um pelo outro
Curitiba, 20 de março de 2017.
Um gostava tanto do outro.
Um tinha tanta coisa pra falar ao outro.
Um combinava tanto com o outro.
Um poderia curar as feridas do outro.
Um poderia tomar a iniciativa para encorajar o outro.
Eles se amaram nesse silêncio impenetrável,
Frio feito inverno, pesada como a culpa,
Mas culpa de que se sempre foi amor?
Amaram-se pela metade, com a sede de um pelo outro.
Sede de um amor que nunca foi negado.
Ardeu na alma, rompeu com a calma.
Foi ciúme, suposição, poesia de caderno.
As rimas não mataram a sede que um tinha pelo outro.
Nem o calor de outros braços.
Nem a tentativa mais honesta de esquecer...
A história que sempre viveu dentro da cabeça.
Inícios, dramas e fins, na verdade intervalos...
Eles eram cúmplices até nos devaneios notívagos.
Acordados no sonho um do outro,
quem poderia negar tamanha sincronia?
Se ao menos a coragem prevalecesse uma única vez...
Sábio por crescer sem alardes, mas doloroso também.
Amar em silêncio tem o seu preço.
E ele é alto demais até para os maiores orgulhosos.
Nunca ousaram romper aquela barreira erguida pela timidez.
Nunca compartilharam afinidades e segredos.
Nunca mataram essa sede de um por outro.
Nunca lutaram por um amor que tinha tudo para somar glórias.
Um amor que de qualquer modo entrou para a história...
Tudo porque nunca chegou a se consumar num beijo.
Nasceu numa troca de olhares e adormeceu dentro do peito.
Mas adormeceu sendo amor, de qualquer modo.
De um pelo outro