Meu verso, meu ser
Sucinto e incisivo.
Sensível e polêmico.
Nostálgico e reflexivo.
Punhado de sonho.
No travesseiro de letras
Onde vivem as palavras
Numa harmônica sopa
Em que o segredo principal
É servir a liberdade.
Sentir é indiscutível.
Não se compara a emoção.
Não se julga o pranto.
O verso é a impressão.
A eternidade em mim.
Breve ou extensa,
Tamanho não faz diferença.
Silêncio diante da ignorância,
Incontestável raridade.
O sonho alimenta a fé.
O ódio não vai me parar.
A dor fortalece o espírito.
A luta lapida a força.
Meu canto tem forma e ritmo.
De alma para alma.
Sincera e ponderada.
Teimosa e revoltada.
Tímida e inspirada.
A construção de sentido
Provém também da lucidez.
A fluência faz par com o respeito.
Deixe meu verso ser...
Simplesmente ser...
Ser o que ele quiser...