DEVOLVA-ME
Autor: Floriano Silva
Tem a proclamação no mundo o teu nome.
Hoje nossos fenótipos se confundem,
É irrefutável a negativa.
A língua que aproxima é a mesma
Que afasta as diferenças quando proferida.
Genótipos dos entes.
Embarcações orientadas, cartas interpretadas.
Brava conquista!
Ao domar os mares bravios,
Fora como se eu.
Um Rei deposto e a espera de novas ordens e regras.
Leis em terras de povos desconhecidos.
Hábitos, turbantes, colares,
Quero cultuar, celebrares,
Lambe os meus pensamentos a imagem.
Sim cantar minha crença!
Por que nova identidade?
A dor da partida me dói, assim como um punhal,
Cravado no peito.
Mas, eis me aqui,
Um sóbrio vivente!
Foi ela quem me salvou.
Verdade, a FÉ!
Ah! O amor.
Somos irmãos,
Patrícios da raça.
A liberdade é o meu país!
Por quê?
Por quê?
Insisto em questionar.
Vi lágrimas rolar,
Revés dos meus versos.
Altivos!
Contundentes e incisivos, quando fala ao coração.
Comungo da união.
Sou da paz pela paz.
Digo-vos!
Peço, imploro.
Devolva-me!