Álacre canta o coração
Álacre canta o coração pelos trigais
Rejubila livre a colher a messe
Da carne desperta em, vôos sensuais
Ao som da viração que amante amanhece
Ensolarados espaços ébrios de glória
Douram a pele desnuda dos faróis
Onde o desejo esculpe a sua história
Êxtase a florir sutis anzóis
Os ventos da paixão que afloram luas
A carnal ânsia devota às aventuras
Forja entusiasmo de volúpias nuas
Nas liberalidades tesas das loucuras
A orda dos sensuais unidos em delitos
Esparge um gemido no mundo vão:
Gozemos generosos neste mar de ritos
Servos do momento em giros de emoção.
Vênus ama os cantos plenos de beleza
Sagrando o altar das suntuosas curvas
E une o êxtase do tempo à correnteza
No tonel amoroso das jubilosas uvas.