SOLIDÃO...


Guardas em teu altivo olhar
Um quê de tristeza, alma nobre!
O teu semblante denota o pesar
Que uma lágrima furtiva descobre!

Em tua face resplandece a beleza
Reflexo da pureza e sinceridade
Que trazes na alma, flor da natureza...
Encantos e mistérios, canto de saudade!

Reprimiste um sorriso, quanta maldade!
Renunciaste ao amor, magoaste alguém...
Mandaste para longe a felicidade
E ficaste à deriva, sem ter ninguém...

O amor desvaneceu nas areias do tempo
E nada mais restou, tudo enfim pereceu!
Aprisionaste no peito um voraz sentimento
Que sem ar sufocou, voou, feneceu...