Perdi o medo da solidão,
no som do vento, na sombra do chão.
Ela chegou sem fazer alarde,
e vi que nela há uma liberdade.
Antes, tremia ao pensar no vazio,
temia o silêncio, o frio, o desvio,
mas, passo a passo, aprendi a aceitar,
na quietude há um mundo a escutar.
Sozinho, ouço o pulsar do meu ser,
descubro cantos que não quis ver.
Há um conforto em ser só,
não é fraqueza, nem falta de nó.
A solidão não é ausência,
é presença de uma essência,
que brota em nós, sem permissão,
nos ensina o valor da introspecção.
Assim, hoje a abraço com calma,
pois encontrei paz, encontrei minha alma.