Nó na Garganta

O choro preso cala a dor,

Nos olhos guardado, sem cor,

É tempestade que não desce,

No peito ecoa, mas não cresce.

É grito mudo, sufocado,

Por medo ou orgulho, silenciado,

E nas profundezas se esconde a mágoa,

Enquanto a alma se enche de água.

Gotas que o coração retém,

Correnteza que jamais vem,

E a voz tremula, quase rouca,

Com uma lágrima que nunca é solta.

Mas no silêncio, o choro grita,

E cada suspiro é uma ferida,

Que espera o momento de ser vento,

E libertar todo o sentimento.

Pri Scot
Enviado por Pri Scot em 18/09/2024
Código do texto: T8154110
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