Nó na Garganta
O choro preso cala a dor,
Nos olhos guardado, sem cor,
É tempestade que não desce,
No peito ecoa, mas não cresce.
É grito mudo, sufocado,
Por medo ou orgulho, silenciado,
E nas profundezas se esconde a mágoa,
Enquanto a alma se enche de água.
Gotas que o coração retém,
Correnteza que jamais vem,
E a voz tremula, quase rouca,
Com uma lágrima que nunca é solta.
Mas no silêncio, o choro grita,
E cada suspiro é uma ferida,
Que espera o momento de ser vento,
E libertar todo o sentimento.