473 - VENTO DE SOLIDÃO
Vento de Solidão
A vida passa como o vento veloz,
E eu, invisível, me perco entre os dias,
Carente de afeto, sem mais direção,
Só, insatisfeita, presa às nostalgias.
A ventania forte me atravessa,
Mas não me nota, não me acolhe em seu giro,
Estou aqui, magoada e amargurada,
A buscar um caminho em meio ao desespero.
Neide Rodrigues, 29/03/1994.
Publicada em 15 de setembro de 2024