Sozinho

Ando sozinho por muito, muito tempo.

A companhia de amigo já é sombra;

Me acostumei, no entanto, com esta sina

De ser sozinho e não ter alguém.

Acostuma-se, juro-te,

Ó ser agoniado,

Andar só tem suas belezas,

Seus mistérios na inação.

Não há mão que apareça quando eu cair,

Em qualquer buraco que me chegue aos pés.

Anda e anda sem perguntar-se de ontem,

De hoje, do futuro, do que fizeste até aqui.

Melhor ser assim,

Não dar valor a nada

Que não seja teu sossego

E tua paz de alma...

Pasquali
Enviado por Pasquali em 09/07/2024
Reeditado em 09/07/2024
Código do texto: T8103476
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.