CONFESSIONÁRIO
Na urgência de um verso decidi me descrever por inteira, despir-me em palavras e deixar a interpretação por conta dos leitores.
Não sou apenas isso relatado aqui mas minha vida toda não cabe numa folha em branco então permita-me resumir.
Sou uma junção de verdades inconvenientes, mentiras inconsequentes e pensamentos discrepantes.Traços da minha persona fria e aventureira que não se contenta com o mar e almeja o céu.
Sou uma alma solitária que se recusa a fazer morada fixa debaixo do teto que não sejam estrelas, pernoitar sim, assentar-se não.
Gosto do sabor agridoce da solidão e beberico o suave veneno da soberania de ser quem posso ser.
Visto-me com asas e reverencio a graça do voo irrestrito.
A liberdade é o meu codinome.