O vazio

Hoje sequer destranquei a porta

E nenhuma alma viva passou ali

Nem mesmo a minha.

Ninguém sequer bateu ou tocou

A campanhia para, ao menos,

Lembra a mim mesma que eu vivo.

Esquisitamente ainda vivo.

A minha volta pouca ou quase

Nenhuma mobília para reclamar espaço.

O vazio também preenche a casa.