TEMPO PERDIDO
Há tempo, não sei de mim
Tampouco sei de ti.
Sei de tempo perdido
Sei de muralhas
Sei de naufrágios,
acenos e apelos
O tempo aumenta as distâncias
É mais perto de São Luís à Lisboa
Que do teu bairro ao meu
Talvez, um dia nos abraçaremos
Mas não seremos mais os mesmos
Seremos dois tristes desconhecidos
Perdidos na ausência.