Bordando linha
Não sumo para ferir,
Nem sempre meu partir
É 'por alguém' especial
Só não sei ser normal
E em cada partida
Sinto a vida
Pulsando tão imprevisível
Quando em solidão terrível
Já não é mais dinheiro
Este ano, em janeiro
Larguei tudo, larguei mão
Mas voltei intacto
E mais convicto
Do meu impacto
Antes já era sozinho
Agora, mochila de ninho
Preso a nada de outrora
Carregando só a Aurora
Hei de as vezes aparecer...
- Quando sumo aqui dentro
Das bordas para o centro
Tento só sobreviver