AS AREIAS DO TEMPO
O deserto é tão perto...
Eu tenho medo.
Eu fico, só,
Na janela do meu quarto
Admiro o deserto
Que parece estar tão próximo
Mas tão distante de mim!!!
As areias do deserto
Esgueiram-se na soleira da porta
E no vão entre a janela elas também estão
Sob meus pés se acumulam montes
Estatua de areia em perfeição
O sentimento das lagrimas
Agora é areia
Cada grão ou cada vírgula
É o mais puro sentimento
Da pobre vida!
E as areias que se vão
Grão a grão
Mostram-me que o tempo é findo
È o tempo da vida
São tempos de poesia!
Claudia Nunes e Vitor Berigo