POEMA DE SOLIDÃO N° 05
Sou incluído
nos excluídos,
mas deles
não faço parte,
parte dos olhares
desconfianças
de usurpação
do especial
que possuem.
Sou excluído
dos incluídos
que me desfazem
em alegoria
distante,
dos seus jogos óbvios
de amor pulsante.
Não fui, nem era,
somente sou,
vivendo a margem
de mundos
polarizados,
das migalhas
próprias
das aberrações.
Sigo torto,
caminho torto,
olhando torto,
procurando
alguma alma
semelhante
para dividir
um porre,
trocar acusações,
pois me julgam
Fraco
os hipócritas,
mas duvido
viverem
minhas privações,
não sabem
da solidão
da qual não existe fuga,
a eterna prisão
onde carcereiro
é réu, juiz e júri,
donde pro bem
ou mal,
nas posições
humanas,
o sagrado
e o sacana
não há empatia!
Isso é o inferno!
Bem-vindo a mim!
Diego Duarte dos Santos