ENTRE O DIA E A NOITE
Na folga que existe
Entre o alegre e o triste
Eu teço meus sonhos
Como quem tece
Teias entre galhos
Na profundeza da mata
Que encanta os olhos.
No espaço ínfimo
Entre
O público e o íntimo
Rimo alguns versos
Como quem contempla
Os múltiplos universos
Que se arregimentam
Em dias controversos.
Naquele lusco-fusco
Entre o dia e a noite
Em um suspiro busco
Fugir de todo açoite
Por isto eu rabisco
Sobre o último raio
De um sol contrito
Entrando no abismo
Em que todo momento
Eu caio.