Medo da solidão

Já quis entender os meus medos

Mas todos me fogem à razão.

E como água por entre os dedos

Escapa à qualquer explicação.

Tenho medo do meu passado

Dele eu quero e procuro esquecer

E do meu belo sonho encantado

À vida coube já se desfazer...

Tenho medo do meu futuro...

Tento olhá-lo por entre a fresta.

Um pequeno clarão no escuro

Não sabê-lo é o consolo que resta.

Tenho medo do meu presente

Ele não veio do Polo Norte.

Nem de Campanha beneficente

Tampouco o atribuo à sorte.

Os meus medos são inerentes

À minha grande insegurança

Não são medos inconsequentes

Como os receios de uma criança

São medos quase palpáveis

De não ter o amor de quem amo

E os meus sonhos inalcançáveis

Eu questiono e sempre reclamo.

Se tenho receio da desilusão...

Mais ela teima em me castigar.

Me acorrenta nesta solidão...

E à minha alma obriga a vagar.

Fechando a porta do meu coração

Com o medo dentro a me magoar.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 15/04/2021
Reeditado em 19/04/2021
Código do texto: T7232343
Classificação de conteúdo: seguro
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