Solitário

Eu na solidão do meu quarto

escrevo poesias à lembrança

de Vinícius de Moraes.

As escrevo na esperança saudosa

de que só, eu não seja mais.

Tenho os olhos carregados de

lágrimas nunca, deveras, choradas.

Mas que dentro de mim fazem estardalhaço

como o confuso batucar das trovoadas.

Sou ventania que sopra na cálida

noite fria, um suave e solitário canto.

Sinto-me ausente de mim e pouco

a pouco algo em mim, perde o encanto.

Ivo Oscar
Enviado por Ivo Oscar em 24/03/2021
Código do texto: T7214918
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