Na Esquina

Tem um cachorro preto deitado na rua

E há tantas coisas que não se importam com isso

A noite não se importa de aparecer

As pessoas com suas cabeças baixas entram em suas casas,

a rua fica vazia.

Mesmo o vento frio que circunda a encruzilhada,

Ignora o cachorro na rua

Tão solitário que parece invisível.

O carro misterioso que rasga a madrugada

Também não se importa

Vai cortando em sua fúria e quase passa por cima!

E ele continua imóvel, parece que nem sente

Olha para as estrelas e cai no sono

De sonhos estranhos em que se torna gente.