Perfume
O perfume finaliza, sem aroma, sem ênfase,
teu perfume finaliza.
Com gotas azuladas escrevo teu nome
em poros e dermes, em versos e ventos, em sonhos e fugas.
Não guardarei teu frasco, nem tamparei tua essência,
apenas te afago em toques dourados,
apenas te espalho em meus dedos vazios.
Tua boca, etnão doce, exala em meu ego.
Teus olhos, teus beijos são espirais que sobem e evaporam
preenchendo meu ar com teu gosto a tudo.
Teu perfume já não tenho
mas guardo teu frasco vazio
entre todas as coisas que esqueço,
entre tudo que um pouco foi meu.
Guardo-te ao fechar os olhos
e reencontrar-me quando não te tenha.
Pra poder amar-te mesmo não querendo,
mesmo esquecida entre as paredes frias;
para não sentir teu espaço vazio
na alma que não chegaste a ocupar.
(Parauapebas/PA - 18/08/96, 20h17)
O perfume finaliza, sem aroma, sem ênfase,
teu perfume finaliza.
Com gotas azuladas escrevo teu nome
em poros e dermes, em versos e ventos, em sonhos e fugas.
Não guardarei teu frasco, nem tamparei tua essência,
apenas te afago em toques dourados,
apenas te espalho em meus dedos vazios.
Tua boca, etnão doce, exala em meu ego.
Teus olhos, teus beijos são espirais que sobem e evaporam
preenchendo meu ar com teu gosto a tudo.
Teu perfume já não tenho
mas guardo teu frasco vazio
entre todas as coisas que esqueço,
entre tudo que um pouco foi meu.
Guardo-te ao fechar os olhos
e reencontrar-me quando não te tenha.
Pra poder amar-te mesmo não querendo,
mesmo esquecida entre as paredes frias;
para não sentir teu espaço vazio
na alma que não chegaste a ocupar.
(Parauapebas/PA - 18/08/96, 20h17)