Sofrimento melífluo
Dentro do quarto, senti o colapso:
A agonia da existência nos quatro cantos de concreto
E a repulsa nojenta de ouvir o coração em diástole
Meu companheiro, um roedor
Que rói a madeira do armário e
Ri do meu choro, sabe que não receberá chumbo
Pois eu tomaria antes mesmo de compartilhar
Esse local que repouso
Tornou-se um zoológico de pragas
Sendo eu, a pior de todas elas
Ouça o soar, meu amigo
Tum-tum....tum-tum...tum-tum..
O meu corpo, serve de hospedeiro
Para a pior das onomatopeias.