SOLIDÃO SOLITÁRIA

Estou me distanciando como um lunático

Perdendo as grades do real, apático

Meu sangue não circula, apenas dorme

Estou ficando calado como quem some

Os óvulos dos instintos se afogaram em tédio

Minha vida é um, à noite, tenebroso cemitério

Onde as lembranças morreram sem sentido

Meu passado é de um tempo mais que perdido

Hoje sou inútil como um lago triste e feio

Minha sombra paira sobre um mundo cheio

E uma criança em mim chora alucinações

Sou o aborto de um eco surdo: minhas emoções

E dentro da caverna dos meus sonhos fracos

A morte imensa quer ser pra mim o carrasco!

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 13/04/2020
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