Fora da casca
Andando por estradas tortas
Um amontoado de portas
Fechadas ao meu redor
Luzes de postes e faróis de carro
Num velho jeans sujo de barro
Dos infelizes, o pior.
Solitário sem perceber
Mesmo tendo onde viver,
Sem vontade de voltar,
Perdido num duro mundo
Com sentimentos profundos,
Observando o terapêutico mar
Sem boca para avisar do perigo,
Ouvindo risos de pseudo-amigos
Comendo um prato de omissão
Vi-me muito além do espelho
E aos poucos saí do pesadelo,
Curando o meu forte coração.