Ir para sempre
Vou me embora
Não quero ir
E nem quero ficar.
Talvez eu apenas deseje flutuar
Pois sou insuportável
Esqueço portas abertas
Esqueço chaves.
Segredos.
Esqueço de mim e dos outros.
E além.
Esqueço de esquecer
as mágoas,
as angústias.
Perco-me de mim
constantemente
como se eu fosse o labirinto
sem o minotauro.
Sem a porta de saída.
Há muito encontro
Em perder-se
entre nuvens,
entre palavras,
entre frases soltas
e sem sentido.
A dialética confusa e poética.
A lógica inconsciente
de atos falhos.
De gestos automáticos
Quase tão cruéis
como aqueles que vingam
a dor enclausurada
pela civilidade.
Vou me embora
Não quero ir
E nem quero ficar.
Talvez eu apenas deseje flutuar
Pois sou insuportável
Esqueço portas abertas
Esqueço chaves.
Segredos.
Esqueço de mim e dos outros.
E além.
Esqueço de esquecer
as mágoas,
as angústias.
Perco-me de mim
constantemente
como se eu fosse o labirinto
sem o minotauro.
Sem a porta de saída.
Há muito encontro
Em perder-se
entre nuvens,
entre palavras,
entre frases soltas
e sem sentido.
A dialética confusa e poética.
A lógica inconsciente
de atos falhos.
De gestos automáticos
Quase tão cruéis
como aqueles que vingam
a dor enclausurada
pela civilidade.