Noite, uma solidão

Meus olhos se fecham,

Para te reencontrar

Em um passado de risos e sonhos.

Meus olhos se fecham

E minha boca se abre

Para chamar o teu nome.

Ecoando distante

Minha voz se perde,

Tudo fora em vão.

Vem a solidão...

E adentra a meu lar

Sem pedir licença.

Toma todos os cantos

E faz de refém meu coração.

Sair dela?

Sair de seus domínios?

É assinar um passaporte para a depressão.

Meus olhos permanecem fechados...

Mas agora sem poder falar,

Pois estava eu, amordaçado pelo medo.

Busquei-te nas forças do pensamento.

Passou um tempo...

Nem sinal.

Sim, era o meu fim!

Dominado, intacto...

Entre quatro paredes,

Com inimigos sentimentais,

Dominando o meu ser!

Adormeci…

E ao acordar, noutro dia...

Um bilhete jogado ao meu lado

Dizendo:

_ À noite eu volto,

Pois a noite é a minha satisfação!

Ass.: Solidão.