O adeus é um difícil aprendizado.
Quando comecei a flagrar
De que menos me amar,
era a única forma de te encontrar.
Mas, nos espinhos da solidão.
Me desesperei,
agonizei na tarde com o verão,
Era ilusória a minha coroa de rei.
Antes imposição, que conquista.
Nessa dança, eu paraplégico na pista.
Te via enquanto a única protagonista.
Antes, hipnotizado por teu semblante,
eu surfava bastante,
Tuas ausências em nossos instantes,
E com a delicadeza de um artista.
coloria as suas dores de menina,
Desaforando profecias cabalistas,
te dando o riso luminoso, que o trauma não ensina,
Mas, quando a vida implora
E não desaguamos aquilo que a alma chora.
Sopra o vento e de qualquer maneira,
Aquilo que nos olhos não é apenas poeira.
Lavando-me então embaixo da cachoeira,
No ritmo dos berimbaus de capoeira,
Ao vê-la amar quem a detestava,
e desprezar a quem a amava,
Te amar, tornou-se uma asneira.
Sem saber o que você entendia,
quando em silêncio, eu apenas te sorria.
Me intimidou os abismos de tua agonia,
E o desespero que escondias com ironias.
É ruim quando a mágoa, deságua na sede de vida,
Alimentando apenas feridas.
A nossa galáxia tornou-se um fragmento.
E tornou-se um pesadelo, o que antes fora puro encantamento.
Foi sofrimento, foi aprendizado,
te dizer adeus, com o meu coração no teu aprisionado.