O adeus é um difícil aprendizado.

Quando comecei a flagrar

De que menos me amar,

era a única forma de te encontrar.

Mas, nos espinhos da solidão.

Me desesperei,

agonizei na tarde com o verão,

Era ilusória a minha coroa de rei.

Antes imposição, que conquista.

Nessa dança, eu paraplégico na pista.

Te via enquanto a única protagonista.

Antes, hipnotizado por teu semblante,

eu surfava bastante,

Tuas ausências em nossos instantes,

E com a delicadeza de um artista.

coloria as suas dores de menina,

Desaforando profecias cabalistas,

te dando o riso luminoso, que o trauma não ensina,

Mas, quando a vida implora

E não desaguamos aquilo que a alma chora.

Sopra o vento e de qualquer maneira,

Aquilo que nos olhos não é apenas poeira.

Lavando-me então embaixo da cachoeira,

No ritmo dos berimbaus de capoeira,

Ao vê-la amar quem a detestava,

e desprezar a quem a amava,

Te amar, tornou-se uma asneira.

Sem saber o que você entendia,

quando em silêncio, eu apenas te sorria.

Me intimidou os abismos de tua agonia,

E o desespero que escondias com ironias.

É ruim quando a mágoa, deságua na sede de vida,

Alimentando apenas feridas.

A nossa galáxia tornou-se um fragmento.

E tornou-se um pesadelo, o que antes fora puro encantamento.

Foi sofrimento, foi aprendizado,

te dizer adeus, com o meu coração no teu aprisionado.

BARTHES
Enviado por BARTHES em 08/09/2019
Código do texto: T6740273
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