Noite Solitária

Escrito em 13/4/2018

O silêncio da noite me faz imaginar, por quanto mais hei de andar e me calar

Uivante os ventos da cidade vão entre as árvores e contam as folhas

Tradicionais passos da meia-noite perambulam nas calçadas es buracadas

Agindo sozinho, eu traço meu caminho, sonhos também são escolhas

Que propósito tenho de ter se não sou capaz de me ver?

Chutando pedras em parques não sabemos quantas árvores têm lá

Não sei nem ao menos quantos castelos de areia foram afogados

E quem sabe dizer que beleza o céu tem para me deixar a comtemplá-lo

Caminhos de estrelas preenchem a negra imensidão sideral

Esquilos com nozes e troncos furados completam verdes matas

As torres e muralhas ocultam segredos de alguns líderes

Assim como o escuro completa minha mente onde lá se falta

Lençóis tecidos por mãos talvez aptas nos escondem do frio

As gotas de chuva que batem na janela do meu quarto

Talvez me faça sentir alguma coisa que me faça bem

Hei de perceber o quão estou, posso me tornar aparto

E ninguém nos diz o que fazer nas noites solitárias

Maurício Ccosta
Enviado por Maurício Ccosta em 15/12/2018
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