Triste poetisa eu sou,
Descrevendo todavia minha dor,
Narrando sentimentos que restou
De um grande e inesquecível amor!

Descrevo minha vida em versos,
Narro em estrofes e rimas diversas,
Mas, humildemente te peço,
Não quero poema em controvérsia.

Se feliz estou, aqui eu vou contar,
Se triste estou, aqui eu vou chorar,
Pois triste de mim, que descrevo o amar,
Sem ninguém para meu amor entregar.

Quantas vezes minhas lágrimas escrevi,
Ao escrever, relembrar do que sofri,
Compartilho com amigos que nunca me viram,
Mas que a mesma dor também sentiram.

Muitas vezes nem sei o que dizer,
Mas vem a dor da solidão,
Necessidade de desabafar, de correr,
Passo para o papel a minha dor em vão.

Triste eu sou, que vivo fantasias,
Na minha fantasia os escrevo,
Finjo sorrisos e alegrias,
Felicidade que tanto almejo.

Ás vezes idealizo vida de alguém,
E descrevo como sendo minha historia,
Mas caio na real, sou ninguém,
Ninguém me guarda na memória.

Estou morrendo aos poucos dentro de mim,
E sobrevivo porque refugio no escrever,
Pois meu versejar nunca vai Ter fim,
Minha dor e lágrimas aqui irão morrer!

E assim vou prosseguindo,
No meu cantinho vou me desnudar,
todavia tudo que vou sentindo,
Aqui eu vou deixar!

Me uno a tua dor e solidão
Somos poetas, descrevemos com maestria e ardor,
Ninguém conhece como nós, o coração,
Lugar de lágrimas e amor!

E se alguém comigo compartilhar,
Da mesma dor e do mesmo sofrer,
Ah! Amigo(a) poeta, nascemos para amar,
Porém este amor, o conhecemos no descrever. 



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