A amargura da velhice
Esse silencio é ensurdecedor
Talvez espiche seus olhos
Da janela azul de tramelas e trincos
Uma nostalgia do lado de dentro
Apenas o ranger das portas velhas
E o estalar dos ossos ao se mexer
Roupas surradas pelo tempo
Agasalham os dias frios de inverno
Gargalhadas ecoam dos vultos no espelho
Seu martírio, ou alívio para sua alma cansada
A amargura da velhice é o pacto honroso com a solidão