Trabalho Noturno 2
Enclausurado pelas grades da escuridão
Abraçado pelo cobertor da melancolia
Ouvindo um silêncio gritante
De uma solidão que me faz companhia
Do céu a neblina cai
E climatiza a jornada notívaga
Obnubilando a visão das avenidas
Iluminadas, porém vazias.
Vozes mudas se propagam
E aguçam a já clara audição
Ressaltam o respirar da noite
Que enrigela o coração.
Aqui dentro o tempo parou!
De maneira indefinida.
Parece querer desfrutar
Cada instante da minha estadia.
O anjo da noite chegou
Querendo embriagar
A consciência desperta que resta,
Leva-la à outro lugar
Mas um raio de luminosidade
Impede o torpor total
É o sol que me traz liberdade dizendo: é hora de ir afinal.