Fumaça da alma aquecida

Coração aceso

Pela luz que roubou do sol.

O calor acessa a alma

E a visão é turva,

Pela fumaça da alma aquecida

Pensamentos e lágrimas,

No desvão da memória,

Ilustram a esperança incrédula

De quem espera

A paz da terra.

Nos papéis desaparecidos,

Loucuras intangíveis

Descritas nos livros

Jogados,

Em nossos quartos.

Bh inteira cabe na ponta do meu lápis

Por isso, tenho medo do mundo

Reduzido a um microssegundo

De desespero profundo

Um chá renova a calma

Mas não se pode mudar a alma

Que grita

E não se cala.

Suspiros profundos

Querem inspirar o mundo

Ofegantes

Inquietos

Buscam o eu mais sincero

Qualquer tipo de afeto

Que afete,

Que encante

Cante

Peço a Deus que cante,

Que nos acalme

Que nos leve

Leves,

Flutuantes

Por entre as estrelas

Que iluminam a janela fechada

Que, quem diria,

É a nossa própria casa

O corpo sente,

Crescente

O olhar ausente

De quem só sabe,

Sonhar.

A manhã inaugura o mundo,

Pra alguns,

Profundo

Esses, dão início à beleza

Que é instaurada

Nessa semana,

Desencontrada.

Fernanda Marinho Antunes
Enviado por Fernanda Marinho Antunes em 14/12/2017
Código do texto: T6199214
Classificação de conteúdo: seguro